Como mudar o plano de saúde, de quem já atingiu a Serenidade?
Está aí uma questão corriqueira e tensa, ao meu ver, que sempre nos deparamos.
O que fazer quando uma situação dessas bater na porta da sua corretora?
Alguns pontos cruciais nessa análise:
Custo
Aqui está o principal ponto de mudança. Dificilmente você encontrará alguém de idade, que ache que paga bem pelo seu plano. E, em contrapartida, dificilmente verá uma seguradora entendendo que a mesma pessoa paga um valor suficiente para manter as contas equilibradas.
Os reajustes de planos de saúde são extremamente agressivos, para aqueles que chamamos de 'jovens a mais tempos'. Sabemos que depois dos 60 anos, os reajustes por faixa etária se encerram. Entretanto, se considerarmos algo em torno de 15% a 20% de reajuste anual, uma pessoa com um plano há 10 anos, tem um valor aproximado 5 vezes maior do que quando contratou.
Carências
Estamos no ponto crítico dessa mudança. Toda vez que vamos conversar com alguém que gostaria ou que precisa trocar de plano, o ponto chave está nas carências.
De que adianta uma mudança, para economizar X reais por mês, se você ficará 24 meses sem poder usar o produto, para aquele procedimento específico?
Por isso que a análise de custo não se limita ao valor mensal pago, mas ao potencial a ser gasto nos próximos 2 anos, caso necessite de alguma intervenção, onde não haverá cobertura alguma para o caso.
Aceitação
Antes de qualquer movimento, sempre estar atento à aceitação. Depois de ter percorrido as variáveis de custo e carências, é prudente sempre esperar a emissão da nova, para o cancelamento da atual.
Isso pois a seguradora nova pode aceitar ou não o seu risco ou, até, demorar um pouco mais para emitir o seguro final. Ai, você poderá ficar alguns dias descoberto, mas, na pior situação, caso já tenha cancelado o atual e a seguradora negado o novo, totalmente descoberto.
Mutualismo
A base de todo o seguro é o Mutualismo. Representa a contribuição de várias pessoas, expostas aos mesmos tipos de risco (massa de segurados), para a formação de um fundo comum, composto pela soma dos prêmios pagos à seguradora.
Em resumo, muitos contribuem para alguns usarem e, se assim for, manter a saúde financeira daquele produto, ramo, seguradora.
Pensando de uma forma financeira, as pessoas da Serenidade tendem a utilizar mais o seguro saúde e, assim, deixar as operadoras de saúde em alerta sobre esse modelo.
No final, o que fica para o segurado, como sentimento máximo é uma impressão de falta de humanidade das operadoras, o que é compreensível, mas não totalmente verdadeiro.
Quando contratamos um seguro desta modalidade, temos que ter a consciência das visões de cada:
- Segurado - Um produto que dará proteção e manutenção da saúde
- Seguradora / Operadora - Um produto financeiro que, para se equilibrar, precisa manter a ideia do mutualismo firme, e ter um resultado positivo.
- Prestadores - Hospitais, Clínicas e afins - Uma linha parecida com a das Seguradoras / Operadoras.
Claro que todos esses têm um zelo grande pelos seus segurados, e uma forma de atendimento humanizado. Mas não podemos esquecer que, se a conta não fechar, o produto não existe.
Existem seguradoras/operadoras que direcionaram seus esforços, totais ou segmentados, para o mercado dos 'jovens há mais tempo'. Temos tido bons retornos dos que usam esses serviços, e vemos que existe uma luz no final do túnel.
Para fechar, existe um ponto importante dentro dessa cadeia toda, que é a nossa forma de se usar o plano. Cada vez mais vemos operadoras focando no atendimento preventivo, no acompanhamento do segurado, para que haja uma mitigação contínua dos riscos de saúde física e financeiros dos seus usuários.
Pode ser que isso seja uma saída, pensar na saúde do coletivo, cuidando do individuo, para que esse possa contribuir cada vez mais com o mutualismo da nossa sociedade.
Vamos em frente.
Categoria: Corretor
Publicado em: 17/05/2021